Lula exonera nove oficiais-generais de uma vez; General Sérgio da Costa Negraes e outros generais na lista
A medida atinge postos-chave e levanta questionamentos sobre possíveis reestruturações internas ou motivações políticas.
09/08/2024
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, exonerou nesta sexta-feira (9) nove oficiais-generais do Exército, conforme publicado no Boletim do Exército. A decisão foi formalizada por meio de um decreto assinado em 30 de julho de 2024, alegando “necessidade do serviço” para a mudança de comando.
Os exonerados
Entre os exonerados estão alguns dos mais altos escalões do Exército brasileiro. Entre eles, o General de Exército Sérgio da Costa Negraes, que ocupava o cargo de Secretário de Economia e Finanças, e o General de Exército José Eduardo Pereira, que era o Chefe de Logística e Mobilização do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Além deles, três generais de divisão, responsáveis por posições estratégicas, também foram afastados: General de Divisão Combatente Omar Zendim, Subcomandante de Operações Terrestres, o General de Divisão Combatente Josias Pedrotti da Rosa, Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército e o General de Divisão Combatente Raul Rodrigues de Oliveira, Comandante da 7ª Divisão de Exército.
Outros três generais de brigada também foram exonerados de importantes posições dentro da estrutura militar. São eles: General de Divisão Combatente Marcius Cardoso Netto, Diretor de Serviço Militar, General de Brigada Combatente Adilson Akira Torigoe, Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sul, General de Brigada Combatente Moises da Paixão Junior, 1º Subchefe do Estado-Maior do Exército e o General de Brigada Combatente Luciano Antonio Sibinel, Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército
DECRETO DE 30 DE JULHO DE 2024
Exoneração de oficiais-generais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XIII, da Constituição, resolve EXONERAR, ex officio, por necessidade do serviço, no âmbito do Comando do Exército, os seguintes oficiais-generais:
General de Exército SÉRGIO DA COSTA NEGRAES do cargo de Secretário de Economia e Finanças;
General de Exército JOSÉ EDUARDO PEREIRA do cargo de Chefe de Logística e Mobilização do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas;
General de Divisão Combatente OMAR ZENDIM do cargo de Subcomandante de Operações Terrestres;
General de Divisão Combatente JOSIAS PEDROTTI DA ROSA do cargo de Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército;
General de Divisão Combatente RAUL RODRIGUES DE OLIVEIRA do cargo de Comandante da 7ª Divisão de Exército;
General de Brigada Combatente ADILSON AKIRA TORIGOE do cargo de Chefe do Estado-Maior dobComando Militar do Sul;
General de Brigada Combatente MOISES DA PAIXÃO JUNIOR do cargo de 1º Subchefe do Estado-Maior do Exército;
General de Brigada Combatente LUCIANO ANTONIO SIBINEL do cargo de Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército; e
General de Brigada Combatente MARCIUS CARDOSO NETTO do cargo de Diretor de Serviço Militar.
(Decreto publicado no DOU nº 146, de 31 JUL 24 – Seção 2)
Fonte: https://www.sociedademilitar.com.br/2024/08/lula-exonera-nove-oficiais-generais-de-uma-vez-general-sergio-da-costa-negraes-e-outros-generais-na-lista-sp1.html
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Nota do site olivereduc.com
Como escreveu o articulista a exoneração levanta e pode levantar vários questionamentos.
- Podemos imaginar que ela foi feita apenas por questões técnicas. Algo para melhorar o funcionamento da instituição. Salvo melhor juízo, parece-me uma atitude ingênua.
- Motivações políticas. O Exército, foi questionado pela esquerda por ter permitido muitas manifestações bolsonaristas. Alguns estariam eventualmente interessados em possível golpe. Há narrativas a respeito disso. Assim, agora, Lula estaria fazendo uma represália para evitar novos problemas. Certamente dirá que em favor da democracia.
- Adversários do governo têm uma visão diferente. Tudo estaria ligado ao fortalecimento do governo e suas pautas. Alegam que o PT aparelhou o Judiciário, especialmente suas cortes principais. Agora estaria fazendo isso com as Forças Armadas. Os mais radicais podem lembrar que foi assim que o Chavismo acabou por destruir a democracia na Venezuela. Realidade ou especulação? Devemos ou não ficar preocupados?
A resposta cabe ao leitor. E ao desenvolvimento de nossa história