Valter de Oliveira 04/04/2010 Quinta feira. Última ceia do Senhor. Tudo foi preparado cuidadosamente. Jesus recita os salmos serenamente, com voz suave e firme. Ali estavam seus discípulos, com quem Ele desejara ardentemente passar sua última Páscoa. O que faziam eles? O Evangelho narra que começaram a discutir qual deles seria o maior… Senhor, eles estavam em uma ceia testamentária, afetuosa, imensamente triste. Não viam, não percebiam a sublimidade do que ali se passava. Estavam voltados para si mesmos. Como nós, Senhor. Como eu. Perdoai-nos. Discutiam ninharias. O que fizestes? Destes uma imensa lição de humildade e amor. De joelhos lavastes os pés de quem Vos esquecia… E o que mais? Instituístes a Eucaristia! É a Vossa presença entre nós até o fim dos tempos! É Vosso amor por nós. Perdoai-nos, Senhor. E obrigado. Mil vezes obrigado. Depois fostes preso. Os apóstolos fugiram. Vosso santo calvário começava logo após a Ceia. Vão atar Vossas mãos. Simplesmente porque faziam o bem. Sexta-feira: toda Vossa dor. Devido a nossos pecados… Já fostes traído por Judas. Espancado, cuspido, caluniado diante do Sumo Sacerdote. E confirmastes que sois o Cristo, o Filho de Deus bendito. Logo depois Pedro Vos traiu, como predissestes. Pilatos não viu em Vós culpa alguma. E mandou Vos açoitar… Depois veio a coroação de espinhos e a via Sacra. Na Cruz entregastes Vossa Santa Mãe a João. Assim recebemos a Virgem como Mãe de todos nós. Finalmente Vos crucificaram. E Jesus, “dando um grande brado” expirou. As trevas caíram sobre a Terra. Ao cair da tarde José de Arimatéia, corajosamente, apresentou-se a Pilatos e pediu vosso Sacratíssimo Corpo. O governador romano consentiu. O Evangelho de S. Marcos nos diz: “José, tendo comprado um lençol, tirando-O da cruz, envolveu-O no lençol, depositou-o num sepulcro, que estava aberto na rocha, e rolou uma pedra para diante da entrada do sepulcro. Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José, estavam observando onde era depositado”. (Mc 15, 46,47). Sábado: a Fé da Virgem. Os apóstolos estavam sós. Desnorteados esqueceram-se do que o Mestre lhes ensinara. As trevas da sexta-feira permanecia em suas almas. Deixaram de ver. A tradição nos diz que em uma alma a luz permaneceu. Maria Santíssima permaneceu plenamente fiel. Confiante que as promessas de seu Divino Filho iriam se realizar. Sabia que a Redenção fora concluída. Por um grande preço. Por um preço infinito. Por todos nós. É doce lembrar que foi a Virgem que “protegeu com a sua fé, com a sua esperança e o seu amor esta Igreja nascente, débiul e assustada. Assim nasceu a Igreja: ao abrigo de nossa Mãe. Já desde o princípio Maria foi a Consoladora dos Aflitos”. (1) (Carvajal, Francisco Fernandes. Falar com Deus, Quadrante, São Paulo, 1990, p. 235). Domingo: A alegria da Ressurreição. A liturgia de entrada da Missa da segunda-feira do tempo pascal nos diz: O Senhor ressuscitou dos mortos, como havia anunciado, alegremo-nos e regozijemo-nos todos, porque Ele reina para sempre. Aleluia! A Páscoa é nossa maior festa. Dia de imensa alegria. A alegria cristã vem da Fé. Vem da vitória de Cristo sobre a morte e o pecado. Que a Virgem ajude a todos nós a levar até os confins da Terra, em todos os momentos, em todas as situações, a alegria dos filhos de Deus. |