O número de crianças em tratamento, devido a distúrbios causados pela ideologia de gênero no Reino Unido tem visto um grande aumento. Segundo relatos do jornal Gloucester Citizen, o número de crianças submetidas a tratamento no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido deu um salto de 1.000% nos últimos cinco anos. Os médicos estão preocupados porque o serviço de saúde está ficando “sobrecarregado”, de acordo com o jornal britânico. Mais de mil crianças foram tratadas pelo Serviço de Transtorno de Identidade de Gênero, prestado pelo Serviço Nacional de Saúde no Reino Unido, entre abril e dezembro do ano passado. O aumento do número de casos em tratamento é alarmante, considerando que nos anos de 2009 e 2010, 97 e 139 crianças foram tratadas, respectivamente. A organização cristã Christian Concern disse à Rádio Premier Christian que está profundamente preocupada com o crescente número de crianças – a partir dos dez anos de idade – que já têm acesso a remédios que alteram a puberdade, para que possam ser transformadas em um gênero diferente.
“As crianças não são capazes de dirigir até que tenham 17 anos; não podem votar até que tenham 18 anos, e ainda há quem sugira que crianças de, talvez, dez anos sejam capazes de tomar a decisão de embarcar em um curso que tem consequências, significados e implicações enormes de mudança de vida”, disse o diretor de campanha da Christian Concern, Andrew Marsh. A Sky News da Europa entrevistou no ano passado um garoto de 15 anos, chamado Alex, que estava tomando uma medicação que atrasa a puberdade, porque ele “queria se tornar uma mulher”.
“Tomei bloqueadores de hormônios durante 12 a 13 meses”, disse ele. “Eu estava preocupado, muito antes de eu tomar meus bloqueadores, que a minha voz pudesse engrossar ou que eu desenvolveria características muito masculinas. Isso não seria saudável.” Especialistas discordam sobre qual seria o tratamento adequado para crianças com disforia de gênero (causadora do transtorno de identidade de gênero). Essa é a condição na qual as crianças se encontram, quando acreditam que deveriam ser do sexo oposto.
Alguns médicos especialistas dizem que há uma falta de pesquisas investigativas sobre os efeitos a longo prazo do tratamento transgênero para crianças. Além disso, há alegações ainda de que a maioria das crianças que lidam com a disforia de gênero não acabe por se tornar, de fato, transgênera.
Não apenas na Europa, mas também no Brasil, a ideologia de gênero tem sido uma proposta polêmica, apoiada pelo movimento LGBT e também pelo movimento feminista. Inspirada pela Teoria Queer, a proposta seria, segundo a ex-feminista Sara Winter, uma ferramenta que levaria à desconstrução da família tradicional. Segundo o procurador federal Guilherme Schelb, a ideologia de gênero também seria um investimento para a erotização das crianças e, consequentemente, fazer delas adultos psicologicamente vulneráveis.
“É uma armadilha. Eles usam um pretexto ‘nobre’: a defesa das minorias e o ensino dos direitos humanos. Mas o que eles estão promovendo, na verdade, é a erotização das crianças”, alertou. Além de Sara Winter e Guilherme Schelb, outros nomes como a psicóloga cristã Marisa Lobo também têm se empenhado em alertar pais e educadores sobre os perigos que a ideologia pode representar para crianças.
“Eles querem dizer que a heterossexualidade não existe, que ela não é normal e que é uma ‘norma imposta’, ‘compulsória’. Isso é dito pelos livros que advogam em favor da Teoria Queer de desconstrução. Essa é uma teoria sobre a qual todos deveríamos saber. Ela desconstrói a fé, desconstrói Deus, desconstrói a sexualidade, a sociedade”, alertou a psicóloga em uma entrevista concedida anteriormente à TV Novo Tempo.