Pe. Paulo Monteiro Ramalho 24/06/2010 Gostaria de falar esta semana sobre a diferença entre o homem e a mulher.
Este é um tema importantíssimo para vivermos bem, no dia-a-dia, a caridade que Cristo nos pede. Como parte da caridade está em compreender, não compreenderemos bem um homem ou uma mulher (o irmão, a irmã, o pai, a mãe, o marido, a esposa) se não conhecemos a fundo as suas características. Cristo sabia perfeitamente estas diferenças, daí que sabia tocar profundamente no coração dos homens e das mulheres. Infelizmente poucas pessoas têm consciência destas diferenças, o que leva a verdadeiros estragos na convivência, principalmente no matrimônio. Em brevíssimos traços, podemos dizer o seguinte: 1. O homem, por natureza, é um ser, por assim dizer, mais “básico” (vê o mundo do ponto de vista lógico, racional), ao passo que as mulheres são mais complexas (veem o mundo numa perspectiva mais complexa, rica, humana, intuitiva, emocional). Isto explica que: – os homens sejam mais objetivos (a+b) e as mulheres mais subjetivas (mais complexas); – os homens sejam mais “frios” (menos calorosos, menos afetivos, menos sensíveis) do que as mulheres; – os homens sejam mais lógicos e frios na solução dos seus problemas, ao passo que as mulheres matizem mais os vários aspectos que envolvem os problemas; – os homens consigam distanciar-se mais dos problemas, ao passo que as mulheres, pela sua sensibilidade mais aguçada, sofram mais, se envolvam mais com os problemas; – os homens sejam mais abstratos e as mulheres sejam mais detalhistas (reparam nos detalhes); – os homens sejam menos carentes e as mulheres mais carentes (de afetos, sentimentos); – os homens se desestressem descansando a cabeça, não pensando em nada, ao passo que as mulheres se desestressam falando o que as preocupa; – as mulheres falem “por gostar de falar” (externar os sentimentos) ao passo que os homens falam “quando precisam falar” (daí as mulheres falarem mais no telefone….); – os homens segmentem bem o que falam: falam aquele assunto e só aquele assunto; ao passo que as mulheres conectam um assunto com inúmeros outros assuntos.
2. O homem, por natureza, é um ser mais voltado para o mundo exterior, para as coisas, ao passo que as mulheres são mais voltadas para o mundo interior, para as pessoas. Isto explica que: – o tema preferido das mulheres é falar sobre vivências, experiências humanas, ao passo que o homem gosta de falar de conquistas, realizações (trabalho, projetos, futebol, etc); – as mulheres se preocupem mais com as pessoas e com a sua pessoa: com a roupa que vestem, com o que os outros estão pensando dela, se está feliz ou não; ao passo que os homens não estão voltados para as coisas interiores: em geral, não se preocupam muito com a roupa que vestem, com o que os outros pensam dele, se está feliz ou não.
3. O homem, por natureza é mais “carnal”, ao passo que as mulheres são mais “pessoais”. Isto explica que: – os homens encontrem o sentimento de satisfação numa comida, numa bebida, ao passo que as mulheres se sentem satisfeitas quando são amadas, queridas. Como se vê, há muitas diferenças entre os homens e as mulheres. De tal maneira que podemos dizer que é “quase um milagre” que se entendam. Mas é nesta diferença que está a riqueza, a complementaridade e a superação do amor. Tendo em vista estas diferenças, seria muito bom ter umas dicas, principalmente, para o relacionamento entre marido e mulher: coisas a fomentar e coisas a evitar. É o que farei na próxima mensagem. Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo Monteiro Ramalho é sacerdote. Foi ordenado em 1993.Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP, doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce, capelão do IICS – Instituto Internacional de Ciências Sociais. Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel em São Paulo.
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