James Akin 24/07/2012 Durante a Segunda Guerra Mundial a Igreja Católica era governada pelo Papa Pio XII, que se mostrou inimigo pertinaz do nazismo, determinado a salvar o maior número de vidas judias que pudesse. E mesmo assim, nos dias de hoje, Pio XII não vem recebendo quase nenhum crédito pelas suas ações durante a guerra. O autor anticatólico Dave Hunt escreve: “O Vaticano não tem justificativas para a sua aliança com os nazistas, para a sua contínua reprovação de Hitler por um lado e o seu silencio estrondoso quanto à questão judaica por outro <…>. continuaram a aliança com Hitler até o fim da guerra, tendo o Vaticano recebido centenas de milhões de dólares do governo nazista” (1). Jack Chick, um infame escritor de quadrinhos anticatólicos, diz-nos no livro Smokescreens (“Cortinas de fumaça”): “Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o Vaticano tinha pisado feio na bola. O Papa Pio XII, depois de ter construído a máquina de guerra nazista, viu Hitler perder a batalha contra a Rússia e imediatamente pulou para o outro lado quando viu as pichações nos muros <…>. Pio XII deveria ter sido levado diante dos juízes de Nüremberg. Seus crimes de guerra eram dignos de morte” (2). Somos tentados a simplesmente desprezar essas acusações, tão grosseiramente fora da realidade, como desvarios ridículos de gente sem o menor senso da verdade histórica. Mas neste caso estaríamos subestimando poder de influência que essas acusações errôneas têm: muitos levam esses autores a sério. Saindo do túnel mal-assombrado de Hunt e Chick e de volta ao sol do mundo real, descobrimos não só que Pio XII não era amigo dos nazistas, mas que a sua oposição a eles começou anos antes da Guerra, antes mesmo da sua eleição ao papado, quando ainda era o Cardeal Eugenio Pacelli, Secretário de Estado do Vaticano. A 28 de abril de 1935, quatro anos antes do início da Guerra, Pacelli fez um discurso que atraiu a atenção da imprensa mundial. Falando para um público de 250.000 peregrinos em Lourdes, França, o futuro Papa afirmou que os nazistas “são, na verdade, apenas uns plagiários que cobriram velhos erros com um manto novo. Não faz qualquer diferença se os homens se arrebanham sob cartazes que pregam a revolução social , se guiam por um falso conceito da vida e do mundo ou estão possuídos pela superstição do culto ao sangue e à raça ” (3). Foram palavras como essas, somadas às observações privadas e às inúmeras notas de protesto que o Cardeal secretário de Estado enviou a Berlim, que lhe angariaram a merecida reputação de inimigo do partido nazista. Da mesma maneira, os alemães também desgostavam do pontífice então em exercício, Pio XI, que se mostrou um incansável oponente dos novos “ideais” germânicos – chegando ao ponto de escrever uma encíclica inteira, Mit brennender Sorge (“Com ardente preocupação”, 1937), para condená-los. Quando Pio XI morreu, em 1939, os nazistas receavam acima de tudo que Pacelli fosse eleito seu sucessor. O Dr. Joseph Licthen, um judeu polonês que foi diplomata e mais tarde representante da Liga Judaica Antidifamação B’nai B’rith, escreve: “Pacelli obviamente já havia definido claramente a sua posição, pois os governos fascistas, tanto na Itália como na Alemanha, falaram duramente contra a possibilidade da sua eleição como sucessor de Pio XI em março de 1939, apesar de o Cardeal Secretário de Estado ter sido núncio papal na Alemanha entre 1917 e 1929 <…>. No dia seguinte à sua eleição, o Berliner Morgenpost alardeava: «A eleição do Cardeal Pacelli não é benéfica para a Alemanha, pois ele sempre se opôs ao nazismo e praticamente determinava a política do Vaticano sob o seu predecessor»“ (4). O ex-diplomata israelense e atual rabino ortodoxo Pinchas Lapide afirma também que Pio XI “tinha boas razões para fazer de Pacelli o arquiteto da sua política antinazista. Dos quarenta e quatro discursos feitos pelo núncio Pacelli em solo alemão entre 1917 e 1929, ao menos quarenta continham ataques ao nazismo ou condenações da doutrina de Hitler. <…> Pacelli, que nunca se encontrou com o Führer, designava o nazismo como um «neopaganismo»“ (5). Algumas semanas após a eleição de Pacelli, o Serviço de Segurança do Reich Alemão preparou um relatório sobre o novo Papa. O rabino Lapide cita um trecho: “Pacelli já se tornou conhecido pelos seus ataques ao nacional-socialismo quando exercia a função de Cardeal Secretário de Estado, fato que lhe rendeu a calorosa aprovação dos estados democráticos durante as eleições papais <…>. O amor de Pacelli pela democracia é especialmente celebrado na imprensa francesa” (6). Infelizmente, a alegria pela eleição de um papa forte, que continuaria – como Pio XI – a opor-se abertamente ao nazismo, foi escurecida pelos acontecimentos sinistros da política européia. A Guerra finalmente eclodiu em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelos alemães. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha. Em começos da década de 40, Hitler fez uma tentativa de evitar que o novo Papa continuasse com a postura antinazista que tinha antes da eleição. Mandou-lhe um subordinado, o Marechal Joachim von Ribbentrop, para tentar convencer Pio XII a não seguir a política do seu predecessor. “Von Ribbentrop, recebido em audiência formal a 11 de março de 1940, falou longamente sobre a invencibilidade do Terceiro Reich, a vitória inevitável dos nazistas e a inutilidade do alinhamento papal com os inimigos do Führer. Pio XII escutou-o com polidez e impassividade. Depois, abriu um enorme livro de registros na sua escrivaninha e, no seu alemão perfeito, começou a recitar um catálogo das perseguições infligidas à Polônia pelo Terceiro Reich, mencionando a data, o local e os detalhes precisos de cada crime. A audiência terminou; a posição do Papa era claramente inabalável” (7). O Papa trabalhou secretamente para salvar tantas vidas judias como pudesse da campanha nazista de extermínio, que entrou na sua a fase mais intensa somente depois do início da Guerra. É aqui que os anticatólicos tentam construir seu castelinho de areia, pois acusam Pio XII ora de mudez covarde, ora de apoio incondicional ao aniquilamento nazista de milhões de judeus. Grande parte desse ataque ao Vaticano pela sua suposta atuação na Segunda Guerra Mundial origina-se, como convém, de uma obra de ficção – uma peça teatral chamada O representante, escrita após a Guerra pelo alemão Rolf Hochhuth, um dramaturgo protestante pouco conhecido, ex-membro da juventude hitlerista e depois membro do partido comunista da Alemanha Oriental. A peça apareceu em 1963 e retratava um papa demasiado tímido para falar publicamente contra os nazistas. Paradoxalmente, mesmo Hochhuth admitia que Pio XII tinha tomado medidas efetivas para a proteção dos judeus. O historiador Robert Graham explica: “O dramaturgo Rolf Hochhuth criticava o Pontífice pelo seu (suposto) silêncio, mas mesmo ele admitia que, no campo das ações, Pio XII não poupou esforços para ajudar os judeus. Hoje, um quarto de século mais tarde, depois de um desfiguramento arbitrário e tendencioso dos fatos, o significado da palavra «silêncio» expandiu-se bastante. «Silêncio» agora também significa «apatia», «inação» e, implicitamente, «anti-semitismo»“ (8). O papa fictício de Hochhuth, calado mas ativo, foi transformado pelos rumores anticatólicos num papa calado e inativo – alguns chegaram a transformá-lo num monstro ativo e pró-nazista. Mesmo se houvesse alguma verdade na acusação de que Pio XII se teria calado, o silêncio não seria devido a uma covardia moral diante dos nazistas, mas ao fato de que o Papa estava empreendendo uma guerra subversiva e clandestina contra eles na tentativa de salvar os judeus. “A necessidade de refrear declarações provocativas num momento tão delicado era largamente reconhecida nos círculos judeus. Era, de fato, a regra básica de todas as instituições que, naqueles tempos de guerra na Europa, se sentiram chamadas ao dever de fazer tudo o que pudessem pelas vítimas das atrocidades nazistas e, em particular, pelos judeus em risco iminente de deportação para um «lugar desconhecido»“ (9). As conseqüências negativas de discursos inflamados eram lamentavelmente bem conhecidas. “Num episódio trágico, o Arcebispo de Utrecht foi avisado pelos nazistas para não dar declarações contra a deportação dos judeus holandeses. O Arcebispo não se importou e protestou publicamente. Em represália, mandou-se executar os judeus católicos da Holanda. Entre eles estava a filósofa carmelita Edith Stein” (10). Enquanto os “pescadores de aquário” dos círculos anticatólicos queriam que o Papa desse, durante a guerra e em pleno território do Eixo, declarações barulhentas e propagandísticas contra os nazistas, Pio XII percebeu claramente que essa não era a melhor escolha a fazer se quisesse salvar vidas, ao invés de simplesmente posar para as câmeras. Esse desejo de discrição também foi expresso pelas pessoas que Pio XII ajudou. Um casal de judeus de Berlin que fora prisioneiro nos campos de concentração, mas que conseguiu escapar para a Espanha com a ajuda de Pio XII, afirmou: “Nenhum de nós queria que o Papa falasse abertamente. Todos éramos fugitivos, e fugitivos não querem ser apontados. Isso estimularia ainda mais a Gestapo a intensificar as suas buscas. Se o Papa tivesse protestado, Roma tornar-se-ia o centro das atenções. Foi melhor o Papa não ter dito nada. Todos partilhávamos dessa opinião à época e essa é a nossa convicção ainda hoje” (11). Enquanto os EUA, o Reino Unido e outros países negavam a entrada de refugiados judeus durante a Guerra, o Vaticano emitia dezenas de milhares de documentos falsos para permitir que judeus se passassem por cristãos, escapando assim dos nazistas. E ainda há mais. A ajuda financeira de Pio XII aos judeus foi bem substancial. Lichten, Lapide e outros cronistas judeus da época mencionam milhões de dólares, e vale lembrar que o dólar valia bem mais do que hoje. Em fins de 1943, Mussolini, que nunca foi muito amigo dos papas, foi deposto pelos italianos, mas Hitler, temendo que a Itália negociasse a paz com os aliados separadamente, invadiu o país, assumiu o controle e recolocou Mussolini no poder como um testa-de-ferro. Foi neste momento em que os judeus de Roma – os que o Papa tinha condições de ajudar mais diretamente – começaram a ser ameaçados, que Pio XII mostrou realmente toda a sua valentia. Lichten registra que, a 27 de setembro de 1943, um dos comandantes nazistas exigiu que a comunidade judaica de Roma lhe entregasse cem libras de ouro (cerca de 45 kg) dentro de trinta e seis horas; caso contrário, trezentos judeus seriam feitos prisioneiros. Após conseguir levantar apenas setenta libras, o Conselho da Comunidade Judaica voltou-se para o Vaticano. “Nas suas memórias, o então Rabino-chefe de Roma, Israel Zolli, escreve que foi enviado ao Vaticano, onde, conforme se combinou previamente, seria recebido como um «engenheiro» chamado para verificar um problema de construção, a fim de que a Gestapo não o barrasse. Foi atendido pelo Tesoureiro e pelo Secretário de Estado, que lhe disseram que o Santo Padre pessoalmente dera ordens para cobrir a diferença com vasos de ouro tirados do Tesouro” (12). Pio XII também tornou pública a sua postura a respeito dos judeus italianos: “O Papa manifestou-se fortemente a favor deles quando houve a primeira prisão em massa de judeus, em 1943, e o Osservatore Romano trouxe um artigo protestando contra a prisão dos judeus e o confisco das suas propriedades. A imprensa fascista chegou a chamar o jornal do Vaticano de «porta-voz dos judeus»” (13). Pio XII já se vinha empenhando muito para conseguir que os judeus emigrassem da Itália antes da invasão nazista; depois, teve de dirigir os seus esforços no sentido de encontrar locais onde escondê-los. “O Papa – escreve Lichten – deu ordem para que os prédios religiosos fossem usados para abrigar judeus, mesmo à custa de grande sacrifício por parte dos ocupantes, e liberou os mosteiros e conventos da clausura (regra que permite apenas o acesso de algumas pessoas às casas religiosas), para que assim pudessem ser usados como esconderijos. Milhares de judeus – fala-se de quatro a sete mil – foram escondidos, alimentados, agasalhados e alocados em 180 refúgios na Cidade do Vaticano, nas igrejas, nas basílicas, nos prédios administrativos da Igreja e nas casas paroquiais. Um número desconhecido de judeus foi acolhido em Castelgandolfo, a residência papal de verão, além de casas particulares, hospitais e orfanatos; e o Papa assumiu pessoalmente o cuidado pelos filhos dos judeus deportados da Itália” (14). O rabino Lapide registra que “em Roma vimos uma lista de 155 conventos e mosteiros italianos, franceses, espanhóis ingleses, americanos e também alemães – na sua maioria, propriedades extraterritoriais do Vaticano –, <…> que abrigaram cerca de cinco mil judeus durante a ocupação alemã. Nada menos do que três mil encontraram asilo na residência de verão papal em Castelgandolfo; sessenta viveram por nove meses na Universidade Gregoriana Jesuíta e meia dúzia dormiam no porão do Pontifício Instituto Bíblico” (15). Repare-se bem que Papa não estava simplesmente permitindo que os judeus se escondessem em diversos edifícios da Igreja em Roma. Escondia-os no próprio Vaticano e na sua residência de verão. O seu sucesso em proteger os judeus italianos dos nazistas é notável. Lichten registra que, depois do fim da Guerra, se pôde verificar que apenas oito mil judeus foram levados da Itália pelos nazistas (16) – bem menos do que em outros países europeus. Em junho de 1944, Pio XII enviou um telegrama ao General Miklos Horthy, governante da Hungria, e conseguiu evitar a planejada deportação de 800.000 (!) judeus daquele país. Os esforços do Papa não ficaram despercebidos pelas autoridades judaicas, mesmo durante a Guerra. O rabino-chefe de Jerusalém, Isaac Herzog, enviou pessoalmente uma mensagem de agradecimento a Pio XII em 28 de fevereiro de 1944, na qual diz: “O povo de Israel nunca esquecerá o que Sua Santidade e seus ilustres representantes, inspirados pelos eternos princípios da religião que formam as próprias fundações da civilização verdadeira, estão fazendo pelos nossos desafortunados irmãos e irmãs no momento mais trágico da nossa história, o que é a prova viva de que a Providência Divina age no mundo” (17). Outros líderes judeus também se manifestaram. O rabino Safran de Bucareste, Romênia, enviou uma nota de agradecimento ao núncio a 7 de abril de 1944: “Não é fácil para nós encontrar as palavras corretas para expressar o acolhimento e a consolação que experimentamos graças à solicitude do pontífice supremo, que ofereceu uma alta quantia para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados <…>. Os judeus da Romênia jamais esquecerão esses fatos de importância histórica” (18). E não faltou o agradecimento do Rabino-chefe de Roma, Israel Zolli: “O que o Vaticano fez ficará indelevelmente gravado em nossos corações <…>. Sacerdotes e altos prelados fizeram coisas que sempre honrarão o catolicismo” (19). Depois da guerra, Zolli tornou-se católico e, para homenagear o Papa pelos seus feitos em favor dos judeus e pelo papel que teve na sua conversão, escolheu o nome de Eugenio como nome de batismo (lembremos que Pio XII se chamava Eugenio Pacelli antes da eleição). Zolli enfatizou que a sua conversão se deveu a motivos teológicos, o que seguramente era verdade, mas o fato de o Papa ter trabalhado tanto em beneficio dos judeus sem dúvida o levou a procurar conhecer mais a fundo as verdades do cristianismo. Lapide escreve: “Quando Zolli se fez católico em 1945 e adotou o nome de batismo de Pio XII, Eugenio, muitos judeus romanos acreditaram que a sua conversão era um ato de agradecimento pelo auxilio aos judeus refugiados durante os tempos de guerra e, não obstante as seguidas negações, muitos ainda são dessa opinião. Assim, o rabino Barry Dov Schwartz escreveu no periódico Conservative Judaisme, no verão de 1964: «Muitos judeus converteram-se depois da guerra, como um ato de gratidão, àquela instituição que salvou suas vidas»” (20). No seu livro Three Popes and the Jews (“Três papas e os judeus”), Lapide estima o número de judeus poupados graças às ações clandestinas da Igreja sob Pio XII. Após totalizar os judeus salvos em diferentes regiões e deduzir aqueles salvos por outras causas, tais como os nobres esforços de alguns protestantes europeus, escreve: “A quantidade final de vidas judias salvas pela Igreja Católica é, pois, no mínimo, de 700.000 almas, mas com bastante probabilidade está perto de… 860.000” (21). Esse número ultrapassa o total de judeus salvos por todas as organizações européias de auxílio juntas. Lapide calcula que a Igreja de Pio XII constituiu a mais bem-sucedida organização de assistência aos judeus de toda a Europa em guerra, superando a Cruz Vermelha e todas as outras instituições. Este fato continuava a ser reconhecido em 1958, quando Pio XII morreu. O livro de Lapide registra alguns elogios de líderes judeus ao Papa; longe de considerarem que ele merecesse a morte por causa dos seus “crimes de guerra”, eles o enalteciam muito (22). “Nós compartilhamos do grande pesar que atinge o mundo por causa da morte de Sua Santidade Pio XII <…>. Durante os dez anos do terror nazista, quando o nosso povo passou pelos horrores do martírio, o Papa levantou a sua voz para condenar os perseguidores e condoer-se das vítimas” (Golda Meir, representante de Israel na ONU e futura primeira-ministra israelense). “Com especial gratidão, nós recordamos tudo o que ele fez pelos judeus perseguidos durante um dos períodos mais negros de toda a sua história” (Nahum Goldmann, presidente do Congresso Judaico Mundial). “Mais do que qualquer outro, nós tivemos a oportunidade de apreciar a grande generosidade, cheia de compaixão e magnanimidade, que o Papa demonstrou durante os terríveis anos de perseguição e terror” (Elio Toaff, Rabino-chefe de Roma após a conversão de Zolli). Enfim, podemos concluir com uma declaração citada por Lapide, que não foi dada por ocasião da morte de Pio XII, mas depois do fim da Guerra pela figura judaica mais conhecida do século XX, Albert Einstein: “Apenas a Igreja Católica protestou contra a violação da liberdade por Hitler. Até então, eu nunca me havia interessado pela igreja, mas hoje sinto uma grande admiração por ela, que teve a coragem de combater sozinha pela verdade espiritual e pela liberdade moral” (23). REFERÊNCIAS: (1) Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, Harvest House, Oregon, 1994, pág. 284. (2) Jack Chick, Smokescreens, Chick Publications, California, 1983, pág. 45. (3) Robert Graham SJ, ed., Pius XII and the Holocaust, Catholic League for Religious and Civil Rights, New Rochelle, 1988, pág. 106. (4) Joseph Lichten, A Question of Moral Judgement: Pius XII and the Jews, in Graham, pág. 107. (5) Pinchas E. Lapide, Three Popes and the Jews, Hawthorn Publ., New York, 1967, pág. 118. (6) Ibid., pág. 121. (7) Lichten, pág. 107. (8) Graham, pág. 18. (9) Ibid., pág. 19. (10) Lichten, pág. 30. (11) Ibid., pág. 99. (12) Ibid., pág. 120. (13) Ibid., pág. 125. (14) Ibid., pág. 126. (15) Lapide, pág. 133. (16) Lichten, pág. 127. (17) Graham, pág. 62. (18) Lichten, pág. 130. (19) American Jewish Yearbook 1944-1945, pág. 233. (20) Lapide, pág. 133. (21) Ibid., pág. 215. (22) Ibid., págs. 227-228. (23) Ibid., pág. 251. |