OBAMA: OS RELACIONAMENTOS HOMOSSEXUAIS SÃO TÃO LEGÍTIMOS E ADMIRÁVEIS COMO O CASAMENTO HETEROSSEXUAL





Pete Winn

15/11/2009

      O presidente Obama apresentou uma mensagem sem precedentes para o movimento Human Rights Campaign (HRC) na noite do sábado. Falando mais como um ativista homossexual do que como um presidente, Obama foi muito longe, na agenda homossexual, em sua esperada mensagem de “eu estou aqui com vocês”.


     “Minha esperança é que quando um dia vocês olharem para trás para ver estes anos, perceberão um momento em que pusemos fim à discriminação contra gays e lésbicas, seja nas empresas ou nos ambientes militares”, disse Obama para uma audiência estimada em 3.000 pessoas. “Vocês verão que houve um momento em que nós – como nação – reconhecemos finalmente os relacionamentos entre dois homens ou duas mulheres, tão legítimos e admiráveis como os relacionamentos entre homem e mulher”. (1)


      Até mesmo Joe Solmonese, presidente da Human Rights Campaign, estava assombrado com a abertura mental relevada na declaração de Obama, considerando-a “algo completamente extraordinário”. Num comentário após a declaração de Obama, Salmonese afirmou: “Foi uma noite histórica, em que nós sentimos a total adesão e comprometimento do presidente dos Estados Unidos. Foi simplesmente sem precedentes”.

     Mas Peter LaBarbera, presidente de Americans for Truth About Homosexuality, considerou “pavorosas” as declarações presidenciais. “Barack Obama basicamente declarou que esses relacionamentos são iguais na realidade”, disse LaBarbera para CNSNews. “Penso que a audácia de Obama chegou até o seu último ponto, declarar uma coisa dessas é como realizá-la”.

     O presidente intencionalmente usou o pronome “nós” – e não vocês – em grande parte de seu pronunciamento. “Não temos dúvidas sobre a direção para a qual conduzimos e o destino ao qual chegaremos”, disse em certo momento. “Apesar dos ganhos reais já obtidos, há ainda leis a serem mudadas e corações a serem abertos”, disse em outro momento.

     Obama também falou sobre “famílias” homossexuais – dois homens e crianças ou duas mulheres e crianças. “Se formos honestos conosco mesmos, nós admitiremos que muitos ainda não conhecem ou sentem em seus corações a urgência desta luta. É por isso que eu continuo a falar sobre a importância da igualdade para famílias LGBT, e não apenas diante de auditórios gays”, disse.

     O presidente disse que ele e sua esposa Michelle fizeram questão de convidar “famílias” homossexuais para virem à Casa Branca em eventos como o Easter Egg Roll – “porque nós quisemos enviar uma mensagem”. E assinalou que sua administração estendeu benefícios para os parceiros domésticos dos trabalhadores federais gays e que ele indicou um homossexual assumido, John Berry, para servir como diretor do órgão federal de gerenciamento de pessoal Office of Personnel Management.

     Como esperado, também mencionou seu apoio para uma lista de temas da agenda dos ativistas homossexuais, inclusive o fim da política do “Não pergunte, não conte”, aplicada aos homossexuais que estão incorporados nos meios militares, e a anulação do Ato de Defesa do Casamento, que define o casamento como sendo entre homem e mulher. “Eu terminarei com o ‘Não pergunte, não conte’ é o meu compromisso com vocês”, disse Obama.

     Mas o presidente também descreveu aqueles que se opõe à agenda homossexual, com a terminologia que usou nos últimos anos da campanha presidencial, quando o então candidato Obama referiu-se aos “amargos” moradores das pequenas cidades norte-americanas que“utilizam as armas ou a religião ou a antipatia contra as pessoas que não são como eles”. E disse que ainda há pessoas que “empregam arcaicos argumentos e velhas atitudes; que deixam de ver suas famílias como suas famílias; que negam para vocês os direitos que a maioria dos norte-americanos conquistou para seu benefício”.


     Ele encerrou seu discurso contando a história de um jovem que lutava com a homossexualidade“lutando sozinho com um segredo que ele guardava há muito tempo. Acredito que o futuro será luminoso para esse jovem”, acrescentou Obama. “Embora ainda possam vir contrariedades e confrontos ao longo do caminho, a verdade é que nossos ideais comuns são muito mais fortes do que qualquer divisão que alguns poderiam espalhar”.


     LaBarbera afirmou que as opiniões de Obama foram muito longe ao usar a presidência como uma tribuna agressiva. “A condescendência é patente”, disse LaBarbera. “Ele realmente golpeou milhões e milhões de fiéis, de pessoas com princípios e rejeitou crenças tradicionais com tal arrogância, é quase indescritível. Ele realmente surpreende”.

     “É uma retórica odiosa”, acrescentou LaBarbera. “É um tipo diferente de ódio, com certeza, mas é ódio – ele odeia nossa tradição judaico-cristã”. (2)

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Tradução André F. Falleiro Garcia. Fonte: Site Sacralidade

Notas 1 e 2. Os destaques em negrito são do site Olivereduc.

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