Embora hoje, 1º de abril, seja conhecido como o Dia Internacional da Mentira, o fato que vou contar, felizmente, é verdadeiro. Acabei de ter conhecimento dele em um jornal de TV e corri para o computador, porque se trata de um exemplo auspicioso de que nem tudo está perdido, neste mundo em que as más notícias se sucedem em uma monotonia que lembra O Bolero de Ravel, inclusive com um crescendo que assusta a qualquer cidadão de bem. Na Romênia, em um jogo de futebol, um dos times ganhava de 3 x 0, quando o seu centro-avante, em disputa com um zagueiro adversário, caiu e o árbitro marcou pênalti. Os defensores da equipe punida puseram-se a reclamar, em vão, como sempre acontece nesses casos. Mas aí sucedeu o fato extraordinário, que serve como bom exemplo não apenas para o esporte, mas para todos os inúmeros campos da ação humana: o centro-avante se levantou e foi diretamente dizer ao juiz que o lance fora normal, que o zagueiro não tivera a intenção de derrubá-lo e que, portanto, ele – o árbitro – errara, porque não fora cometido o pênalti! O diretor da partida, então, marcou “bola ao chão” e o jogo foi reiniciado normalmente!
Que bonito exemplo o do anônimo atacante romeno! De bom caráter, de respeito ao verdadeiro espírito esportivo, de obediência às regras do jogo, de correção, enfim. Que bom seria se, em todos os setores da vida – na política, nas relações pessoais, no trabalho, na rua, em casa, no Estado – todos tivessem a atitude do centro-avante da Romênia. É um exemplo isolado do bem, em um mundo que parece cada vez mais ilhado pelo mal. Mas é preciso exaltá-lo. Parabéns ao correto atacante, que nos aponta que, se cada um de nós fizer a nossa parte, ainda há como a sociedade moderna tomar jeito!
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